Os crustáceos pertencem ao Filo ARTHROPODA ( gr. Arthro = articulação – poda = perna), o qual é considerado um dos feitos de maior sucesso, pois ultrapassa todos os outros grupos de animais no que se refere à adaptação, existindo em todos os ambientes.
Os CRUSTÁCEOS (lat. crusta = carapaça dura) apresentam as seguintes características:
Respiração branquial
Exoesqueleto à base de quitina impregnada com sais de fosfato de cálcio e carbonato de cálcio, o que lhes confere uma eficiente defesa.
Junção da cabeça e do tórax, formando o CEFALOTÓRAX
Na extremidade do cefalotórax encontram-se dois olhos e dois pares de antenas
Para que ocorra o crescimento, o animal passa pôr um processo de troca de “casca” denominado MUDA.
Possuem sexos separados e o desenvolvimento é indireto ( larval ).
MATERIAL
Pinça de ponta grossa
Pinça de ponta curva
Pinça de relojoeiro
Arame ou clips
Raspador
Formol 10 %
Isopor
Jornal ou bandeja
Cola ( Super Bonder)
Plastificador ou verniz incolor
Balde ou bacia
Barbante
Tesoura
Escova pequena
Bórax
Cabo ou lâminas de Bisturi
a) Limpeza
Primeiramente, lava-se o animal com uma escova para retirada dos resíduos marinhos ( areia, sais, lodo, etc. ).
Descola-se e retira-se a carapaça através da região abdominal, utilizando-se a própria unha ou material cortante, o qual servira como alavanca.
Com o uso do raspador e das pinças retira-se a carne e órgãos do animal.
Depois da retirada de toda a estrutura, lava-se sob água corrente.
O dedo móvel ou unha é retirado e com a ajuda de uma pinça ou arame em forma de gancho, limpa-se internamente a garra deixando-a aproximadamente 24 horas no formol juntamente com o restante do animal.
b) Armação e Montagem
Retira-se o animal do formol, passa-se em água corrente para a eliminação do excesso de formol.
Monta-se em uma placa de isopor na posição desejada e deixa-se secar por aproximadamente 72 horas.
Após a secagem coloca-se a carapaça, as unhas e cola-se. Em seguida passa-se o verniz ou plastificador e deixa-se secar.
OBSERVAÇÃO: Para se realizar o processo de taxidermia em lagostas e paguros ( ermitão), retira-se a região abdominal e realiza-se a mesma metodologia utilizada no siri ou carangueijo. Sendo que no paguro o abdome deve ser desprezado.
Narchi, Walter – Crustáceos – São Paulo, Polígono / Ed. da Universidade de São Paulo, 1973.